Perdiz bárbara (sueva...)



Os recursos naturais hoje são as delícias da mesa nesta histórica aldeia, mas em tempos remotos serviam para apaziguar a fome.
A caça neste território Idanha-a-Nova sempre teve grande importância e sempre foi muito atrativa, tanto pela grandeza faunística e diversidade da espécie animal e silvestre como económica, e por sua vez enquadra a gastronomia como sustentável e endógena, a que podemos chamar identidade.
Falamos então da história natural da natureza, modificações adaptadas entre muralhas e civilizações que chegam aos nossos dias.

Independentemente de dominadores, os bárbaros não tentaram destruir os vestígios da cultura romana, pelo contrario, em vários aspectos assimilaram e adquiriram novo vigor. Como exemplo, na organização política. Adotaram parcialmente a instituição monárquica, além de alguns mecanismos e normas de administração romana. Muitos povos bárbaros adotaram o latim com língua oficial e a gastronomia.


 Ingredientes:

 2 perdizes pequenas, 4 cogumelos, 4 dentes de alho, ½ fatia de pão. ¼ de chouriço batateiro picado, Pimenta preta (piper nigrum), 1 colher de banha de porco, 2 copos de arroz Alecrim (rosmarinus officinalis). Carqueja (pterospartum tridentatum), Pauzinhos de esteva (cistus sp.) para fazer cama, Vinho do Porto branco q.b.  e vinagre q.b.


Preparação:

Depois de amanhadas e bem lavadas as perdizes, deve desossá-las como se de “relógio suíço se tratasse”, mantendo-as imaculadas [gentilmente partir os ossos nas costas e retirar pelo pequeno golpe do pescoço]
. Para o recheio, triture o batateiro (chouriço feito com batata Idanha-a-Nova "SACIF") com dois dentes de alho, o pão e a banha, fazendo uma pasta. Recheie a perdiz com a pasta, uma castanha e um cogumelo inteiro. Com linha para culinária, dê uns pontos em todos orifícios, mantendo o recheio sempre no seu interior. Unte a perdiz com a restante banha, alhos e pimenta. Salpique com um pouco de vinho do porto branco com vinagre e vai ao forno. Não permita que queime, vigie.

Para o Arroz: dois dentes de alho envolvem o azeite que vai fritar o arroz e a castanha com carqueja. Acrescente 4 copos de água, deixe cozer agosto, coloque no arroz a cozer os dois cogumelos 5 minutos antes de terminar.

Bom Apetite.


“Vou caçar quando levo as redes nas costas: mas quando pego a trave da liga sou um deus protetor da caça aos pássaros emplumados” (Propercio, IV, 2, 34-35).

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