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Residencia gastronómica "o Xisto"

Na encantadora Praia da Louçainha-Penela, onde não existem as ondas do Atlântico que não beijam suavemente a areia dourada, ergue-se o restaurante O Xisto, um refúgio gastronómico que celebra a essência da natureza envolvente. É lá que a chefe Maria Caldeira de Sousa, uma artista da culinária, traz à vida uma residência gastronómica que transcende o comum, entrelaçando sabores e aromas que ecoam a beleza do bosque circundante.
 

A atmosfera é mágica; o ar é impregnado com o perfume dos carvalhos e castanheiros, enquanto o canto dos veados se mistura aos risos dos clientes que se reúnem para partilhar experiências memoráveis. O bosque, com suas árvores imponentes e vegetação exuberante, serve como um vasto festim às cegas à chefe Maria Caldeira de Sousa, que caminha entre a folhagem, colhendo ervas frescas e ingredientes silvestres que transformam os pratos em obras-primas. Cada refeição é uma homenagem à Rota do sal, a trilha que serpenteia até a costa, onde a riqueza do mar se encontra com a generosidade da terra.  

Maria Caldeira de Sousa, a chef destemida e criativa, inspira-se nas tradições locais e na sabedoria do seu mentor, o chef João D’Eça Lima. Juntos, eles exploram a fusão do mar e da montanha, criando pratos que contam histórias de ligação e respeito pela natureza. Os peixes frescos, encomendados durante a noite aos peixeiros locais de Condeixa e Penela, acompanhadas por um caldo de massinha aromatizado com a flor do sal, dançam no prato como uma sinfonia de sabores, enquanto os cogumelos silvestres, colhidos ao amanhecer pelos locais, trazem um toque terroso que faz lembrar as florestas densas.

A residência gastronómica da chef Maria Caldeira de Sousa foi um convite a todos os sentidos. Os visitantes não apenas degustaram, mas também experimentaram a essência da Louçainha, cada prato é uma viagem pela paisagem. O cremoso gnocchi de algas marinhas com castanha que acompanha o javali, por exemplo, evoca a frescura da água, enquanto a sobremesa de frutas da época, servida com um fio de mel silvestre (urze), traz a doçura da terra à mesa.

Ao entardecer, enquanto o sol se despede atrás daquele vale na altitude, os clientes reúnem-se à volta de mesas de madeira, partilhando histórias e risadas sob a  transparência do vinho da serra do Sicó. A luz suave do luar filtra-se através das folhas, cria um ambiente acolhedor e mágico, onde a camaradagem é tão importante quanto a comida. É aqui que a chefe Maria Caldeira de Sousa, com o seu olhar apaixonado e as mãos hábeis, transforma uma simples refeição numa celebração da vida.

No” O Xisto”, a gastronomia vai além do prato; é uma experiência sensorial que conecta as pessoas à natureza e à herança cultural da região. E sob a orientação de Maria e do João, cada visita torna-se uma nova descoberta, uma nova história a ser contada, uma nova memória a ser guardada. 

A Praia da Louçainha não é apenas um destino, mas um verdadeiro santuário de sabores e tradições, onde a magia da culinária se entrelaça com a beleza do mundo natural.



E no fundo é X…isto!



[Acreditem que o peso da responsabilidade foi o que nos fez mover, Sinto uma enorme gratidão pelo meu querido amigo João.Apostamos na amizade e no respeito pelo trabalho de cada um nós ,o que nos elevou ao foco e permitiu mais um sucesso♡ ]









Comentários

Sensacionais

RECEITA de uma análise positiva

 Mas não sou eu que importo... Dia 9 de Dezembro de 2020, o dia em que troquei as queimaduras do fogão por um teste positivo ao vírus SARS-COV 2. Não podia ter acontecido, como?  Questiono-me muitas vezes como falhei, Mas a resposta foi sempre a mesma; permissiva e a falta de consciência alheia. Fechei o meu estabelecimento, disse não a tantas reservas, chorei cada vez que negava aquilo que mais gostava de fazer, Cozinhar, chorei porque contagiei o meu marido e o meu filho (que responsabilidade, meu Deus), Chorei pq não tenho forças para estudar (que frustração) e ainda tenho que ser grata por estar viva... Estou em casa fechada há 38 dias, doente, sem faturas e 2 "safts" (para quem entende, isto dói!), os sintomas foram imensos e graves, mas ainda tenho que mostrar gratidão por nada ser respiratório (até agora).  O Covid19 bateu-me á porta sem perguntar se podia entrar. E andam por ai todos a passarinhar. Uns bebem vinho pelos botecos que restam abertos, outros fazem fog...

Ovos verdes na Merenda

O reconhecimento que aqui se escreve é, sem dúvida alguma, a relação histórica de várias civilizações maquilhada pela tradição na partilha do povo. Um apontamento com força suficiente para chamar a atenção às novas cozinhas e manter a distinção desta cozinha de costumes. Em Idanha-a-Velha, outrora Civitas Igaeditanorum datada do século I a.C., com uma carga histórica entre muralhas preservadas até aos dias de hoje, ás suas ruínas dedico-lhes o ovo , alimento que havia em todas as casas. A acompanhá-lo, as ervas das hortas, preparando-o para as merendas de festa: Ao tratares as tuas galinha tal qual Apício , Marcus Gávio, alimentando-as com o alimento proveniente dos recursos naturais da natureza, terás os melhores ovos do Império. Escutando Doutorados em Zoo-arqueologia, fico atenta e consciente que nesta nossa Aldeia, Idanha a Velha, já os Romanos comiam ovos com ervas!!! [adoro quando não acrescento, mas sim relembro e registo!!!] Ovos verdes  - Para levares na merenda, primeiro ...

Dióspiro com Feta

 Inspirada na mitologia grega, o alimento de Zeus, brindo-vos com mais uma das minhas receitas; Lava sem magoar este  fruto tão especial. Corta os topos do dióspiro e reserva. Com uma colher de chá retira o interior (scoop) e reserva numa tigela, junta ao puré de diospiro, mel, amêndoas, vinagre balsâmico e queijo feta (eu prefiro com feta pois considero o queijo dos deuses), e carinhosamente mistura muito bem, prova e adoça a gosto. Com a vareta acaricia a mistura, e pensa na festa. Usa a mistura para encher (refill) os diospiros e deixa descansar por 30minutos. O empratamento fica a teu gosto.  Excelente para vegetarianos e neste Natal surpreende, esta seria a entrada de Natal no meu restaurante para os vouchers que vinham a caminho ♡

Bolo de cenoura

Inspirada na origem geográfica Judaica, apresento-vos o meu Bolo de cenoura em entrega á Aldeia Histórica de Belmonte a mais judaica das gémeas 12. A culinária judaica é uma das mais saborosas e tradicionais que se têm registo, no entanto, pouco se modificou no decorrer de séculos de história em sua formação cultural. Originalmente, essa cozinha enfatizava os sete elementos bíblicos citados no Deuteronómio: a cevada, o trigo, a azeitona, o figo, a romã, a tâmara e as ervas. E há alguns milênios atrás, as comidas eram rústicas, elaboradas pelas mãos de camponesas judias, que foram transmitindo as receitas oralmente para suas filhas, como uma das formas de manter a identidade e a união de um povo escolhido. Optei pela religião na escolha de receituário gastronómico, pois a culinária reflete história, hábitos e costumes de seus comensais. Quando pensamos na comida judaica, que se adaptou às necessidades de seu povo no decorrer da história entendemos a veracidade de ambas. Quando os roma...

(Re) pizza

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Sopa de Feijão do Rosmaninhal

Rosmaninhal - onde  dogmas   são   transmitidos   de   geração   em   geração  influenciando a p assagem   periódica  de rebanhos da Serra da Estrela e das varas de porcos vindos do Alentejo. Marcada região de Idanha a Nova e quase deserta nos dias de hoje podemos assistir em silencio a beleza do parque Natural do Tejo internacional, avistando aves e veados. A sua envolvencia é entre as gentes das Cegonhas, Couto Dos Correias e Soalheira. Fora Vila em 1510 a 1836, hoje quase despovoada mas com muito cheiro a tradição. Podia falar do cordeiro e do queijo que marca esta Aldeia com grande requinte, mas não. Trago-vos a sopa de feijão, tão rude como o rosmaninhos que percorrem os caminhos e a pureza de quem lá vive. Junto de gentes antigas que tive o prazer de conversar, para cozinhar esta  sopa devemos usar o feijão  redondo (muito usual nesta Beira interior raiana)  dizem que fica com o " molho mais grosso" [caldo consi...

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