Lactarius deliciosus , o cogumelo comestível de chapéu largo, alaranjado, formato aplanado com ligeira depressão no centro e laminado na face inferior e pé com manchas de cor mais escura, normalmente conhecido por pinheira, raivaca, sancha, vaca-vermelha.
Nesta aldeia da cova da beira, Alcaide, são promovidas caminhadas, workshops e ecoshowcookings para melhor compreensão deste tão grande mundo dos fungos. Para além de toda a partilha de informação, ainda pode comprar no Centro de Recolha de cogumelos as delícias desta comunidade.
Um verdadeiro conhecimento ancestral nas mãos de uma comunidade activa que têm como subsistência e paixão no ecossistema da vida natural e funcional.
Imaginem uma clareira de pinheiros num presépio chamado Alcaide, numa cesta cheia de silêncio vem o almoço para alimentar os convivas micológicos cheios de inspiração Micológica.
Tudo em segurança é preparado.
O cheiro da larga frigideira começa a perfumar o pinhal, ouvindo-se a música do caminho pisado entre a caruma e o micélio corrompido, tudo isto é cogumelos.
O bago escolhido por esta Liga de amigos é o Ariete da bom sucesso - Orivarzea, largos anos de cumplicidade com este projecto.
Vamos lá então provar:
Arroz
Miscaros, boletos edulis, mistura dos bosques (seleção LAA)
Cebola
3 cabeças de Alho cortadas ao meio.
Azeite
Ervas aromaticas (carqueija, segurelha, louro, majerona)
Rama de cenoura
Bagas (zimbro, flor de aniz)
Piri piri
1 chouriço (sacif)
1 farinheira (sacif)
1 toucinho fumado de bizaro (quinta da Fonte Insonsa Bio)
Banha e azeite
Vinho Quinta dos Currais branco
Começo por fritar os enchidos no toucinho fumado, e em banha, aos poucos vou acrescentando a cebola, as ervas, as cabeças de alho cortado ao meio viradas para baixo(sem queimar). Depois de fritinhos, retiro os enchidos e reservo.
Acrescento os cogumelos sem cozinhar demasiado e segue-se o arroz sem adicionar qualquer líquido, selamos o bago para que não se desfaça, aguardamos que o calor una os sabores; cogumelos e arroz. Rego com abundante vinho Quintas dos Currais e calmamente com espátula vou revolvendo o festim para que nada se agarre. Chegou agora a vez da água que vai permitir a cozedura uniforme do arroz. Não deite demasiada, para que não tenha que repor os temperos. O sal entra neste ponto em alegre ovação e deixe cozer, sempre remechendo com a espátula.
Esprema um sumo de limão por fim e deguste em amena cavaqueira o repasto oferecido.
Em harmonia e enorme carinho ♡
Gratidão LAA, Gratidão Alcaide.
A chef Maria é de uma extrema doçura. O arroz excelente, a sua alegria contagiante.
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