Em Idanha-a-Nova, Portugal, a laranjeira não é uma das árvores endógenas. A região é conhecida por ter uma vegetação característica do bioma mediterrâneo, com predominância de árvores como o sobreiro (Quercus suber), o azinheiras (Quercus rotundifolia), o zambujeiro (Olea europaea) e outras espécies típicas da região.
Embora a laranjeira seja amplamente cultivada em Portugal, especialmente nas regiões mais quentes do país, ela não é considerada uma espécie endógena, ou seja, originária daquele lugar. A laranjeira é, na verdade, uma espécie exótica, que foi introduzida no país pelos portugueses durante a época das navegações, assim como ocorreu em grande parte da Europa.
Em meados do século XV, trazida pelos portugueses nas suas viagens de exploração e colonização do Novo Mundo. A fruta encontrou um solo fértil e um clima propício na península ibérica, onde foi cultivada em larga escala.
A partir de Portugal, a laranja disseminou-se por toda a Europa, ganha popularidade entre os povos do continente. A fruta era considerada muito valiosa na época, já que era altamente nutritiva e ajudava a prevenir o escorbuto, doença agressiva que se manifestava nos marinheiros durante as longas viagens marítimas.
Hoje em dia, a laranja é uma das frutas mais consumidas em todo o mundo, sendo cultivada em diversos países e utilizada em diversas receitas da culinária internacional.
Gosto especialmente de doce de laranja verde é uma iguaria típica do nordeste brasileiro, especialmente dos estados de Pernambuco e Bahia, terras onde o meu adn genético cresceu. Este doce feito a partir da casca da laranja verde, torna a laranja ainda mais apetitosa e aproveito-a em todos os seus momentos, visto que tenho algumas árvores no meu pomar.
Para esta receita, cozo-a várias vezes de forma a eliminar a acidez e o amargor antes de lhe adicionar o açúcar.
Corto as cascas da laranja em tiras finas e deixo de molho em água cerca de 24 horas, troco a água de tempos a tempos. As cascas são cozidas em água até ficarem macias, repito em 3 a 4 vezes, só depois são escorridas e reservadas.
Imediatamente, faço uma calda com açúcar e água, com a proporção de 1 para 2, que levo ao lume até atingir o ponto de fio. As cascas de laranja são adicionadas à calda e cozidas cerca de 30 minutos, até que fiquem bem macias e o doce tenha encorpado.
[Doce que a minha cunhada me oferecia com laranjas oriundas do Sobral Monte Agraço ]
Comentários
Enviar um comentário
mente sã!