Na recuperação de valores, temos nos dias de hoje uma geração de gente nova, onde me identifico, que procura o conhecimento dos costumes e outra geração matura que reata com a tradição destes locais por onde andamos... Ao voltar ao campo, acreditamos encontrar um outro estilo de vida e uma economia diferente, queremos acreditar e com dedicação vamos lutar para que oportunidades que damos e que nos são dadas não fiquem em descrédito... Ao fim destes 5 anos de mudança saliento que todos os dias me considero mais Idanhense, mais Beirã, sem perder o rasto da minha identidade e ADN genético.
Neste regresso à terra há também um retorno, digamos assim, usamos e somos usados.
Aquilo que a terra nos pode dar de mais autentico, é a aprendizagem na vivência diária igualando a forma como nos tratam, vencendo as formas de exploração selvagem dos recursos. Considero que a consciência de viver distanciada da natureza implicaria que sentisse viver distanciada do meu Eu.
Hoje tenho tempo para criar e apontar os meus ideais, um dia diziam-me que Darwin é que seria a opção, tinha razão quem o disse.
Ainda assim acho que viver na mudança para a vida toda vale a pena, tentar construir o melhor nos outros vale a pena, mas é uma tarefa difícil.
Adoro ser quem sou, e também gosto de quem incluo nas minhas relações, respeito para ser respeitada, amo para ser amada.
Tudo isto se passa como se de uma receita gastronómica se tratasse, agora aquece o azeite, agora esfria com o vinho e por fim degusta com pão. A Tríade perfeita.
Eu sou desta terra.
in Maria José Gonçalves Caldeira de Sousa
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